sexta-feira, 26 de março de 2010

Adeus

"I've had to say goodbye more times than I would have liked. But, everyone can say that. And no matter how many times we do it, even when it's for the greatest good, it still stings. And though we'll never forget what we've given up, we owe it to ourselves to keep moving forward. What we can't do is to live our lives always afraid of the next goodbye. Because, chances are they're not going to stop.
The trick is to recognize when a goodbye can be a good thing. When it's a chance to start again."
 
Tirado daqui

quinta-feira, 25 de março de 2010

Expropriação da dor

Vou expurgar os meus males
através do meu corpo vendido ao prazer.
Suá-los nos movimentos ritmados
pelo som dos suspiros.
E a desgraça sairá de mim
à medida que a minha respiração ficar mais ofegante,
até ser totalmente expulsa ao grito do êxtase final.

Vou depurar o meu sofrimento
através de uma loucura descontrolada.
Dizer que não e ser eu a avançar.
Estar contigo só porque sim,
dar-me a ti que já conheces o mapa do meu desejo.
Usar-te para que tudo o que está preso há anos saia
Só para me sentir mais mulher, só para me sentir desejável.

Posso expurgar em ti os meus males?
Posso abusar de ti, em todos os lugares onde fomos nós?
Voltar atrás num movimento de anca, num gesto...
E quando os nossos corpos pedirem descanso
vestir-me, sorrir, dizer-te adeus e obrigada.

Não ando cá para sofrer, mas para viver

Na minha vida tive palmas e fracassos

Fui amargura feita notas e compassos
Aconteceu-me estar no palco atrás do pano
Tive a promessa de um contrato por um ano
A entrevista que era boa
E o meu futuro foi aquilo que se viu

Na minha vida tive beijos e empurrões
Esqueci a fome num banquete de ilusões
Não entendi a maior parte dos amores
Só percebi que alguns deixaram muitas dores
Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu
E o meu futuro foi aquilo que se viu

Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar

Na minha vida fiz viagens de ida e volta
Cantei de tudo por ser um cantor à solta
Devagarinho num couplé pra começar
Com muita força no refrão que é popular
Mas outra vez a triste sorte não sorriu
E o meu futuro foi aquilo que se viu

Na minha vida fui sempre um outro qualquer
Era tão fácil, bastava apenas escolher
Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade
Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade
Não ando cá para sofrer mas para viver
E o meu futuro há-de ser o que eu quiser

Adeus Tristeza, até depois
Fernando Tordo

quarta-feira, 17 de março de 2010

A mola do fundo do poço

Andei durante uns tempos a cair no poço. Todos os dias caía um bocadinho. Há uns dias decidi que se era para cair, ia ser definitivo, então atirei-me. Mas mesmo no fundo desse poço havia um trampolim! Assim que lhe acertei, foi ver-me subir, subir, e regressar à superficie mais depressa que a queda. E não é, que quando pousei os pés no chão, tinha voltado a fazer sol? E até já cheirava a primavera...

sexta-feira, 5 de março de 2010