terça-feira, 31 de março de 2009
um por dia não sabes o bem que te fazia :-)
e à velocidade a que têm desaparecido, um dia destes ainda apanho uma overdose de Bem
são servidos? ;-)
segunda-feira, 30 de março de 2009
tem muito que se lhe diga
"É pena que tenhas compreendido demasiado tarde que a Internet só é boa para o orgulho; não faz grande coisa pela solidão."
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domingo, 29 de março de 2009
São as mesmas. As horas que vêm e as que vão.
São muitas as horas que podemos passar em transportes públicos todos os dias. Eu passo duas, uma para cada lado, há já quase dois anos. As caras são quase sempre as mesmas, com as mesmas horas e as mesmas maneiras mais ou menos inteligentes de passar o tempo. Dá-lo por perdido, apenas depende da nossa vontade.
No início, comecei por escrever. Pequenos rabiscos, desenhos e frases mais ou menos desconexas. Arranjei uma agenda nos primeiros meses, pequena, que me permitia manter actualizadas as poucas horas ocupadas pós-laborais que tinha.
Cansei-me depressa.
Passei a ler muito, livros e revistas, e tudo o que me ajuda ainda a ser sempre outra qualquer realidade. Tento que sejam pequenos, e leves, que façam com que seja mínimo o espaço ocupado na carteira.
Aprendi, entretanto, que conseguia dormir nas viagens e faço-o muito ainda, principalmente nos tempos em que o cansaço dos enche de tudo.
Comecei a tricotar, a fazer pequenas bolsas e trabalhos reduzidos com uma só agulha. Tal como os livros, tento sempre que ocupem o menor peso e espaço possível. Transporto-os sempre numa pequena bolsa com 2 ou 3 pequenos novelos de lã, outra pequena agulha e uma tesoura em miniatura para os remates finais.
Na maior parte do tempo, quando não tenho companhia, ouço ainda música. Quase sempre com o volume no máximo que me permita abafar todas as conversas e os ruídos. Com a falta de alternativas para o que não queremos ouvir, aprendi que qualquer som num elevado grau de decibéis permite que nos ouçamos a nós próprios em surdina.
Fui descobrindo com o tempo o prazer em observar quem entra quem sai como se me observasse a mim mesma. Centenas de caras e comportamentos. O cansaço, a euforia, as conversas sobre tantas vidas e os risos exagerados. Os olhares incómodos, os momentos de loucura, os choros escondidos atrás de óculos onde o sol não passa. Os sonos de bocas abertas e cabeças caídas. Os perdidos e encontrados atrás de livros e revistas, computadores, telemóveis e todo o tipo de gadgets. E principalmente, a analisar cuidadosamente todos os que vêem naquelas janelas a fuga para aquele momento.
No início, comecei por escrever. Pequenos rabiscos, desenhos e frases mais ou menos desconexas. Arranjei uma agenda nos primeiros meses, pequena, que me permitia manter actualizadas as poucas horas ocupadas pós-laborais que tinha.
Cansei-me depressa.
Passei a ler muito, livros e revistas, e tudo o que me ajuda ainda a ser sempre outra qualquer realidade. Tento que sejam pequenos, e leves, que façam com que seja mínimo o espaço ocupado na carteira.
Aprendi, entretanto, que conseguia dormir nas viagens e faço-o muito ainda, principalmente nos tempos em que o cansaço dos enche de tudo.
Comecei a tricotar, a fazer pequenas bolsas e trabalhos reduzidos com uma só agulha. Tal como os livros, tento sempre que ocupem o menor peso e espaço possível. Transporto-os sempre numa pequena bolsa com 2 ou 3 pequenos novelos de lã, outra pequena agulha e uma tesoura em miniatura para os remates finais.
Na maior parte do tempo, quando não tenho companhia, ouço ainda música. Quase sempre com o volume no máximo que me permita abafar todas as conversas e os ruídos. Com a falta de alternativas para o que não queremos ouvir, aprendi que qualquer som num elevado grau de decibéis permite que nos ouçamos a nós próprios em surdina.
Fui descobrindo com o tempo o prazer em observar quem entra quem sai como se me observasse a mim mesma. Centenas de caras e comportamentos. O cansaço, a euforia, as conversas sobre tantas vidas e os risos exagerados. Os olhares incómodos, os momentos de loucura, os choros escondidos atrás de óculos onde o sol não passa. Os sonos de bocas abertas e cabeças caídas. Os perdidos e encontrados atrás de livros e revistas, computadores, telemóveis e todo o tipo de gadgets. E principalmente, a analisar cuidadosamente todos os que vêem naquelas janelas a fuga para aquele momento.
Acabou-se a brincadeira
do estou online, do estou tão ocupada que nem me aguento, do ausente mas estou por perto, do offline assim-assim.
Foi este o meu ponto final no tempo perdido em conversas sem nada para dizer e do tráfico de bonecos e de coisas mais ou menos animadas.
Matei o messenger do meu pc e não estou de luto.
Foi este o meu ponto final no tempo perdido em conversas sem nada para dizer e do tráfico de bonecos e de coisas mais ou menos animadas.
Matei o messenger do meu pc e não estou de luto.
sábado, 28 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
não me lixem
mas a Karin Dreijer Andersson, quer cante The Knife ou FeverRay, é a maior do mundo B-)
neste momento precisava apenas disto para ser feliz:
- 1 ovo
- 2 colheres de sopa de chocolate em pó (ou Nesquik)
- 3 colheres de sopa de óleo
- 4 colheres de sopa de farinha
- 4 colheres de sopa de leite
- 4 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de café de fermento
tudo bem mexido com um garfo dentro de uma caneca e dois míseros minutos dentro de um microondas.
Há quem lhe chame bolo da caneca. Eu chamo-lhe a oitava e meia maravilha deste mundo.
A felicidade (simples e rápida) a escorregar cá dentro.
- 2 colheres de sopa de chocolate em pó (ou Nesquik)
- 3 colheres de sopa de óleo
- 4 colheres de sopa de farinha
- 4 colheres de sopa de leite
- 4 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de café de fermento
tudo bem mexido com um garfo dentro de uma caneca e dois míseros minutos dentro de um microondas.
Há quem lhe chame bolo da caneca. Eu chamo-lhe a oitava e meia maravilha deste mundo.
A felicidade (simples e rápida) a escorregar cá dentro.
segunda-feira, 23 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.
Herberto Hélder
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.
Herberto Hélder
terça-feira, 17 de março de 2009
ora aqui está uma bela questão
«Porque será que estamos condenados a ser assim tão solitários? Qual a razão de tudo isto? Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, todos irremediavelmente afastados. Porquê? Continuará a Terra a girar unicamente para alimentar a solidão dos homens?»
Sputnik, Meu Amor de Haruki Murakami
(actualmente...na mesinha de cabeceira, no sofá, na carteira, na cama, na mesa da cozinha e no coração. praticamente em todo o lado, portanto.)
Sputnik, Meu Amor de Haruki Murakami
(actualmente...na mesinha de cabeceira, no sofá, na carteira, na cama, na mesa da cozinha e no coração. praticamente em todo o lado, portanto.)
há sol em propaz
Cheira a pão e a café quente ao acordar. Ouvem-se vozes, pratos e talheres e o rebuliço matinal das horas. Ouve-se o chilrear dos pássaros por entre a confusão de pijamas, escovas de dentes, pantufas, caras estremunhadas e bons dias arrastados. Ouvem-se vozes que já há muito não se ouviam. Conversas que nos soam à infância e aos tempos que afinal, sempre se repetem.
O tanque está quase lavado, e a relva quase toda semeada. Contaremos que, para o Verão teremos um manto verde onde nos poderemos estender. Todas as árvores de fruto foram já plantadas, as telhas partidas estão já todas varridas. Apanham-se as azeitonas caídas. Sobram as últimas nozes nas cestas em casa. O sol adianta-se pela cozinha dentro. Deixa entrar o ar quente que Março trouxe. Há abelhas deleitadas no resto dos favos de mel pousados na colmeia. Há mulheres a trabalhar batatas e carnes e temperos e fogões acesos com couves ao lume.
Há velhas tigelas que pedem o vinho verde e fresco, e jarros transparentes a aguardar a água límpida e gelada da fonte da casa. Há mesas cobertas de pratos e copos e rodeadas de bancos e cadeiras. Há pó que aguarda os corpos. Há os altos risos e cantorias talhadas a vinho e a longas memórias, há amenas conversas que adormecem ao sol no velho banco do jardim.
Temos de nos despachar. É quase uma hora e eles devem estar a chegar.
O tanque está quase lavado, e a relva quase toda semeada. Contaremos que, para o Verão teremos um manto verde onde nos poderemos estender. Todas as árvores de fruto foram já plantadas, as telhas partidas estão já todas varridas. Apanham-se as azeitonas caídas. Sobram as últimas nozes nas cestas em casa. O sol adianta-se pela cozinha dentro. Deixa entrar o ar quente que Março trouxe. Há abelhas deleitadas no resto dos favos de mel pousados na colmeia. Há mulheres a trabalhar batatas e carnes e temperos e fogões acesos com couves ao lume.
Há velhas tigelas que pedem o vinho verde e fresco, e jarros transparentes a aguardar a água límpida e gelada da fonte da casa. Há mesas cobertas de pratos e copos e rodeadas de bancos e cadeiras. Há pó que aguarda os corpos. Há os altos risos e cantorias talhadas a vinho e a longas memórias, há amenas conversas que adormecem ao sol no velho banco do jardim.
Temos de nos despachar. É quase uma hora e eles devem estar a chegar.
segunda-feira, 16 de março de 2009
vou contigo no banco de trás
Entra, senta-te confortavelmente e aperta o cinto. Fecha as janelas e põe os óculos de sol (vais precisar deles). Leva bolachas no banco ao lado, o mapa, o telemóvel e uma garrafa de Pleno para a viagem (Não te esqueças dos lenços de papel e das pastilhas para a garganta). Fecha as janelas e liga o ar se precisares. Escolhe o cd e coloca-o na ranhura.
Canta até te faltar o fôlego.
Canta até te faltar o fôlego.
Uma prenda para mim...
It was one of those days... Where it's a minute away from snowing, and there was this eIectricity in the air. You can almost hear it. Right ? And this bag was just... dancing with me, Iike a IittIe kid begging me to play with it, for minutes. That's the day I reaIized that there was this... entire Iife behind things... and this incredibIy benevoIent force... that wanted me to know that there was no reason to be afraid... ever.
Video's a poor excuse, I know, but it heps me remember. I need to remember.
Sometimes there's so much... beauty...in the worId. I feeI Iike I can't take it... and my heart... is just going to... cave in.
Video's a poor excuse, I know, but it heps me remember. I need to remember.
Sometimes there's so much... beauty...in the worId. I feeI Iike I can't take it... and my heart... is just going to... cave in.
sexta-feira, 13 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
"Acho que não devia fazer electrocardiogramas, eu devia fazer escalas de Richter porque me parece que em lugar de coração tenho um sismógrafo cuja agulha assinala o menor estremeço interior ou exterior com uma amplitude imensa: basta-me viver para a agulha não parar e que cordilheiras de tinta são os meus dias.
Se me perguntam:- Como vais? Só tenho a mostrar riscos enormes, capazes de fazerem cair todos os prédios da cidade e espanta-me que Lisboa permaneça intacta e o chão nem oscile."
António Lobo Antunes
Se me perguntam:- Como vais? Só tenho a mostrar riscos enormes, capazes de fazerem cair todos os prédios da cidade e espanta-me que Lisboa permaneça intacta e o chão nem oscile."
António Lobo Antunes
terça-feira, 10 de março de 2009
é o que vale
- Fogo, nem imaginas. Hoje sonhei que morria afogada e que estava uma plateia sentada na praia a ver tudo. A plateia era com toda a gente que eu conheci desde a infância ate agora. Amigos e pessoas que eu desejo nunca mais voltar a ver, família e colegas de trabalho. A apresentar o espectáculo estava o sr onde eu tomo café todos os dias de manhã com microfone na mão, e quando me comecei a afogar começou aos berros a dizer dis-cur-so, dis-cur-so e toda a gente a dizer repetir aos berros e a bater palmas.
- que cena...
o que vale é que foi apenas um sonho.
e tu és boa nadadora.
- que cena...
o que vale é que foi apenas um sonho.
e tu és boa nadadora.
História de Amor
Gosto de histórias de amor assim.... e principalmente, gosto de ainda acreditar que o fim desta história é: Viveram felizes para sempre!
segunda-feira, 9 de março de 2009
notícias do meu sofá
quero uma maneira brilhante que me ajude a encarar segundas-feiras. o mau humor, a sonolência, o desejar não ver ninguém, e a aquela vontade absoluta de continuar o ano inteiro no fim-de-semana.
sábado, 7 de março de 2009
em loop
In a manner of speaking I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the may I feel about you is beyond words
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me everything
In a manner of speaking Semantiks won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel might have to be sacrificed
So in a manner of speaking
I just want to say
That like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
In a matter of speaking
Martin L Gore
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the may I feel about you is beyond words
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me everything
In a manner of speaking Semantiks won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel might have to be sacrificed
So in a manner of speaking
I just want to say
That like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
In a matter of speaking
Martin L Gore
guess who's back
Alex: Welly, welly, welly, welly, welly, welly, well. To what do I owe the extreme pleasure of this surprising visit?
terça-feira, 3 de março de 2009
Miranda: What we see and what we seem are but a dream, a dream within a dream.
Picnic at Hanging Rock, 1975, Peter Weir
segunda-feira, 2 de março de 2009
Comer peixe todos os dias cansa
R. says:
não há nada perfeito
M. says:
pois...
R. says:
e o sexo depois de uns anos, tb não
M. says:
fogo, isso é assustador...
M. says:
passamos a fazê-lo de mês a mês
R. says:
e ainda falta o resto da vida
R. says:
ohhh não!!!!
M. says:
fogo.. k raio de conversa!!!
R. says:
podes crer
não há nada perfeito
M. says:
pois...
R. says:
e o sexo depois de uns anos, tb não
M. says:
fogo, isso é assustador...
M. says:
passamos a fazê-lo de mês a mês
R. says:
e ainda falta o resto da vida
R. says:
ohhh não!!!!
M. says:
fogo.. k raio de conversa!!!
R. says:
podes crer
domingo, 1 de março de 2009
Season Of Illusions
Obliterate the Sunday you've been cherishing all week
Obliterate the Sunday, he's a pleasure you can keep
Ladytron, Velocifero, 2008
Obliterate the Sunday, he's a pleasure you can keep
Ladytron, Velocifero, 2008
ainda sobre o café da she :-)
Vontades
Voltei a ter uma vontade incondicional de fazer limpeza, de passar a ferro, de dar banho ao Zorba... de tudo aquilo que raramente me apetece fazer. Só porque tenho que estudar.
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